Jalapão – Ponte Alta x Mateiros

Dia em que entramos no Parque Estadual e conhecemos as famosas Dunas do Jalapão, finalizando o dia na cidade de Mateiros. Além das dunas, conhecemos o Cânion Sussuapara, a Cachoeira do Lajeado e comunidade Rio Novo.

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Acordamos e fomos tomar o café da manhã da Pousada Ecológica em que ficamos hospedados no dia anterior.

Quando saímos o guia Aroldo já estava a postos. Como já tínhamos definido bem o horário de saída anteriormente, as meninas não se atrasaram.

De barrigão cheio, botamos nossas coisas no carro e pegamos a estrada. Acabamos esquecendo a sobra da pizza do dia anterior na geladeira. Posteriormente fez muita falta quando a fome bateu no meio do caminho, hehe.  O caminho feito você pode ver aqui.

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Fizemos uma parada rápida para uma foto no “Portal do Jalapão”.

Em seguida fomos conhecer o Cânion Sussuapara.

Chegamos e tinham bastantes carros estacionados, mas na parte do cânion a percepção era outra. Talvez pela grande quantidade de espaço. Lugar lindo com várias raízes e água descendo por elas. Difícil achar algo nessa viagem que não fosse lindo. rsrsrs Lugar super fotogênico onde podemos tirar várias fotos.

A estrada em direção a nossa próxima atração foi piorando até que o pneu furou!

Aroldo na mesma hora pegou o macaco (Hi Lift 4×4), tirou o pneu furado e colocou o estepe rapidinho. Tentei ajudar, mas a única coisa que consegui/dava pra fazer foi colocar o pneu furado na corrente que segura o estepe no carro. Até para prender precisava da chave que o Aroldo estava usando para apertar o estepe na roda.

Enquanto estávamos nesse processo de praticamente só olhar o guia trocar o pneu, víamos vários carros de corrida UTV passando pela gente. Começou a chuviscar, mas nada demais. Pneu trocado, seguimos nosso caminho e assim chegamos no segundo evento do dia. A cachoeira do Lajeado.

Bem bonita. Depois de um banho curto de cachoeira voltamos para a estrada. Incrivelmente as águas das cachoeiras por aqui não são nada geladas. Em determinado ponto, Aroldo já tinha percebido que eu filmava tudo (hahaha) e parou perto de uma subida indicando que ali dava uma foto legal. Saí e tirei a foto. Gostei.

Enquanto eu estava lá fora, eles ficaram me sacaneando dentro carro, hehe. Voltei pro carro e continuamos até chegar na plaquinha que definia a entrada no Parque Estadual do Jalapão!

Aqui começava o Parque Estadual do Jalapão

Finalmente pisando no Jalapão em si! Antes, era tudo Serra Gerais. A estrada deu uma boa piorada, rsrs.

Teve um momento, depois de vários e vários buracos, em uma subida que tinha ASFALTO!!! Achei que ia ficar tudo bem agora… Doce ilusão. A área que tinha asfalto não chegava nem a 1 km mais ou menos e depois a estrada voltava a ser em PÉSSIMAS condições. Me arrependi de não ter filmado. Hehe. Já foi.

O guia estava falando que isso era um projeto de asfaltar a área, mas devem ter colocado o dinheiro no bolso e só asfaltaram esse 1 km enquanto que no papel, devia ter milhões de quilômetros asfaltados. Brasil né? Continuemos…

Depois de uns minutos de estada conseguíamos ver a chuva caindo em determinados pontos do Jalapão. O morro ficou bem no meio entre duas nuvens de chuva.

Almoçamos na comunidade quilombola Rio Novo.

Hora do almoço. Banheiro ao lado.
Existem redes/telas de proteção nas janelas para evitar insetos

Pessoal pediu um suco de uma fruta chamada Cagaita. Tomei e ele estava realmente muito bom. Falaram que a fruta é meio azeda, mas colocaram bastante açúcar então ficou bem docinho. A fruta em si, eu só fui provar mais pra frente. Tem que ter cuidado já que ela tem espinhos.

A chuva sempre caía no pós almoço e acho que já pensando nisso, em todos os lugares tinham redes para descansar ao lado dos restaurantes.

Nesse dia estava programado para irmos à prainha do rio novo, mas não foi possível visto que estava chovendo e ninguém se animou realmente em ir na chuva. Ficamos só ali da ponte mesmo olhando o rio novo que estava bem movimentado. Nesta hora vimos um pato mergulhão!!!

O pato mergulhão é uma das aves mais raras do Brasil e do mundo. Já foi até considerado extinto entre 1940 e 1950. Há registro em três bacias hidrográficas no Brasil: São Francisco, Tocantins e o Paraná. Fonte: ICMBio. Quando fui à Serra da Canastra, que é onde nasce o Rio São Francisco, tinha esperança de vê-lo. Não vi nada, hahaha. Nesta viagem, quando eu menos esperava, esse safado apareceu pra mim. Adorei! Este pato depende de rios limpos e cristalinos para sobreviver. Só aparece em águas realmente limpas, pois caça seu alimento embaixo d’água. É natural acha-lo por ali, já que o Tocantins é um dos lugares que mais têm rios com água potável no mundo!!!

Depois de admirar esse presente da natureza, voltamos pro carro e pegamos o rumo sentido as famosas Dunas do Jalapão, mas antes fizemos uma pequena parada na árvore dos desejos, local excelente para tirar foto com a Serra do Espírito Santo ao fundo.

Em frente à árvore tem um barzinho onde esperamos a chuva passar. Passou e o tempo abriu exatamente quando a maioria dos carros de outras agências que estavam por ali já tinham ido embora. Aí sim tiramos nossas fotos.

O tempo firmou e partimos em direção as Dunas. A estrada é areia fofa purinha até lá. Só 4×4 é autorizado a passar pela portaria do parque. Quem não tiver com um, pode pegar carona com alguma boa alma que passar por ali… ou ir pé os ~5km. Não recomendo.

Chegamos nas dunas e começou mais uma vez a sessão de fotos.

Assim que subimos até o topo das dunas, Aroldo me mostrou onde tinham as plantas que eram o símbolo do Jalapão: o capim dourado. Fui lá correndo registrar isso. Logo em seguida, vimos umas araras canindés voando pelo céu.

Como o guia falou, ali é bom para ver o entardecer, porém para ver o pôr do sol, bom mesmo é no barzinho onde tem a árvore dos desejos e lá fomos nós, mesmo com um tempo não muito limpo.

Infelizmente o tempo não estava dos melhores

Dancei um forró ali com Lais e ficamos jogando conversa fora olhando o horizonte.

Anoiteceu e pegamos a estrada em direção a Mateiros na escuridão. Nos hospedamos na Pousada Monte Videl do Sr Durval e só deu tempo de chegarmos lá e deixarmos as nossas mochilas porque já era hora de jantar no restaurante Rosa do Jalapão.

Comida muito boa. Mateiro é uma cidade, assim como todas as outras que visitamos durante essa viagem, bem pequena. Provavelmente era um dos poucos restaurantes abertos naquele horário (umas 19 ou 20h). Ao chegar na pousada para dormir vi as mandalas que o Sr Durval tinha na entrada de cada quarto e decidi: vou comprar uma pra mim, hahaha. Estava namorando uma desde que cheguei em Palmas.

Agora é descansar porque o dia seguinte seria os primeiros contatos com os fervedouros do Jalapão!!!


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