Nosso quarto dia de caminhada na travessia da volta na Ilha Grande, saindo da praia da Parnaioca e inda até a praia de Aventureiro, passando pelas praias mais desertas da ilha.
Se quiser ver o resumo desta aventura, só clicar aqui.
Dia 5 – 17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro
Acordamos muito bem no camping da Janete em Parnaioca, já que no dia anterior ficamos só descansando. Embora tenha chovido de madrugada, como tinha uma lona do próprio camping protegendo a barraca, dormimos muitos tranquilos. Tomamos nosso café da manhã, nos despedimos do pessoal e começamos a nossa caminhada.
Poucos minutos de caminhada, no final da praia de Parnaioca, fui atravessar o pequeno rio que tem para chegar no início da trilha, então tirei a bota. Depois de tirada, coloquei o celular dentro. Isso, para evitar dele cair no rio ou algo do tipo. Hahaha. Assim que coloquei o celular dentro da bota, me desiquilibrei um pouco e acabou que o celular caiu da bota e parou dentro do rio. Percebi na hora e o peguei no mesmo instante! Hahaha. Ai ai…
Por incrível que pareça, não aconteceu absolutamente nada com o celular. O Aúdio estava ok, a câmera, internet, GPS… Tudo. Dei sorte. Segui o caminho pegando a trilha sentido praia do Leste.
O tempo não estava dos melhores, mas pelo menos não estava chovendo. Choveu na noite anterior o que deixava o caminho úmido e lamacento… mas nada demais. Andamos até que chegamos num pequeno mirante.
Descansamos alguns segundos ali e continuamos a caminhar. Nessa, teve um momento que tinha uma parte mais aberta na trilha descendo. Sem me tocar que tinha o caminho definido de seguir adiante subindo um pouco, desci esse caminho um pouco aberto.
Assim que ia descendo, ia vendo a trilha sumindo e ficando cada vez mais indefinido. Achei estranho. Não lembrava daqui, já que já tinha feito esse caminho alguns anos atrás. Comecei a andar de um lado para outro tentando achar o caminho e voltar para a trilha. Nada. Deixei a mochila num canto, marquei no GPS, e fui caçando a trilha.
Lais falou para gente voltar, subir o que a gente desceu e ver se achava o caminho de volta. Eu, sem ver muito que fazer, aceitei a ideia. Peguei minha mochila e começamos a voltar subindo. Chegando lá em cima, o caminho super bem definido na nossa cara, hehe. Era só seguir reto, meio que subindo, em vez de descer. Voltamos para caminho certo e minutos depois, um pouco mais tranquilos, acabamos encontrando um pequeno grupo fazendo a travessia no sentido contrário ao nosso. Perguntamos se eles tinham passado por alguma guarita ou algo do tipo, e estava tudo tranquilo. Continuamos a caminhada até que chegamos na praia do Leste.
Eu, claro, tirei minha roupa e fui me batizar naquela praia maravilhosa. Segunda vez que fui nessa praia e lembro que, na primeira vez, eu achei fantástica. Desta vez, como o tempo estava um pouco mais fechado continuou linda, mas não tanto como na minha lembrança.
Depois um tempo curtindo a praia, e mergulhando até com a máscara de mergulho para ver alguns peixinhos… pegamos nossas roupas e voltamos para a caminhada.
Chegando no final da praia do Leste que tinha que atravessar um rio e pegar uma pequena trilha (pequena mesmo) para chegar na praia do Sul.
Chegando na praia do sul, começa o caminho mais longo do dia. Longo e um pouco inclinado. O legal que conforme a gente ia andando, ia vendo a coloração da agua mudando. Enquanto na ponta esquerda era mais verde, na direita era mais amarronzada.
Fomos andando aquela praia toda, e quando já estávamos próximos do costão do demo, Dois rapazes – pai e filho – perguntaram sobre barco até angra. Se a gente queria dividir um barco. O filho dele tinha quebrado o nariz, batendo na prancha de surf e queriam voltar para a cidade. Infelizmente não pudemos ajudar. Nariz do rapaz estava saindo um pouco de sangue. Eles seguiram o caminho e nós fomos atrás deles, sentido praia de aventureiro. Eles, mais leves, se adiantaram bastante.
Eu e Lais, assim que chegamos ao início do costão do Demo, descansamos uns minutinhos e ficamos olhando os dois rapazes andaram pelo costão.
Descansados, pegamos nossa mochila e fomos andar pelo costão. Essa parte se anda pelas pedras. Se estiver chovendo, acho perigoso passar por ali. Graças a Deus estava tudo seco. Mesmo assim Lais estava com receio. Ajudei-a e fomos passando pelo costão aos poucos.
Chegamos finalmente na praia de Aventureiro. Ficamos no camping do Luis.
Montamos nossa barraca bem ali embaixo mesmo e fomos almoçar. Vários cachorros apareceram e ficaram nos encarando com aquela carinha de pedinte que só os dogs sabem fazer. Quem resiste? Teve um que ainda apoiou a cabeça na minha coxa pra pedir comida. Po, aí não teve como. Cheio das técnicas eles, haha. Dei uns pedaços de carnes. E olha! As comidas em Ilha Grande são bem servidas. Vem carne pra caramba. Dei uns frangos pros cachorros e ainda sobrou um pouco. Depois de comer até dizer chega, fomos andar pela praia.
Lais já foi logo de cara tirar a foto no famoso coqueiro da praia de aventureiro
Depois de tirar milhões de fotos para ver se uma salvava, fomos andar um pouco mais. Ir até um mirante que tinha em cima das pedras. O caminho é uma calçada então é bem tranquilo. No meio dele há uma bifurcação para subir até um mirante mesmo. Mirante da Pedra da Sundara. Passei reto. Não estava afim de fazer mais trilha não. Só descansar.
Fomos andando até o deck. Vários peixinhos e um azul incrível, mesmo com o tempo fechado.
Depois voltamos para a praia e fomos mergulhar. Ali conhecemos um casal de São Paulo. Eles estavam fazendo a travessia também, mas no sentido clássico. Não o invertido que nem a gente. Eles falando que a praia da Feiticeira era linda! Só achamos legal, mas depois que eles se afastaram fui conversar com Lais. Eu nunca tinha ido à praia da Feiticeira lá em Abraão, mas tinha visto foto e não achei nada demais. Ela já tinha ido e falou que é mó sem graça. A gente já tinha passado por praias incríveis até aquele presente momento e ela ainda iria ver. Deu pra entender e imaginar a reação dela ao presenciar coisas muito mais belas adiante, hehe.
Voltamos pro camping, tomamos nosso banho e fomos descansar um pouco. Graças a Deus o wi-fi pegava até ali na barraca, hehe.
Depois de esticar o corpo um pouquinho, subimos e fomos fazer a janta. Miojão com ovo e atum. Tinham dito que a luz se apagava as 21h. Deu 20:45 e apagou tudo. A gente estava terminando de cozinhar. Fui na barraca, peguei as lanternas e comemos miojão a luz de lanternas. Romântico. Hahaha.
De barrigão cheio, fomos dormir porque o dia seguinte prometia ser um dos dias mais cansativos da viagem: andar de Aventureiro até Araçatiba.
Índice da aventura
Planejamentos e gastos
13/12/2020 – Abraão x Palmas
14/12/2020 – Palmas x Caxadaço
15/12/2020 – Caxadaço x Parnaioca
16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca
17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro
18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba
19/12/2020 – Araçatiba x Bananal
20/12/2020 – Bananal x Abraão