Nosso quinto dia de caminhada na travessia da volta na Ilha Grande, saindo da praia da Aventureiro, indo até um dos pontos mais altos da ilha e chegando na praia de Araçatiba.
Se quiser ver o resumo desta aventura, só clicar aqui.
Dia 6 – 18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba
Acordamos muito bem no camping do Luis, tomamos nosso café e levantamos acampamento. Esse dia prometia ser bem cansativo já que teríamos que subir uma das maiores montanhas da ilha (não a maior, ok?) para chegar em Provetá e de lá subir mais uma pequena montanha para chegar finalmente em Araçatiba.
Lá fomos nós. A entrada da trilha é bem próxima ao camping. Parece que está entrando no terreno de alguém. O caminho que fizemos pode ser visto aqui.
Começamos a subida sem fim.
Ela é bem fácil na questão de orientação. Parece uma estrada de terra… Só que a inclinação é braba. Bem íngreme! Ao chegar ao cume, tem até um banquinho para descansar com umas plaquinhas com dizeres religiosos.
Depois de descansar uns poucos minutos, começamos a descer. Na descida, passamos por alguns pontos com água e uns pontos com vistas legais. Mirantes.
Ao chegar na praia, ela estava linda! A cor da água azulzinha e um ventinho bom. Como era por volta de meio dia e pouco, resolvemos almoçar por ali mesmo. O mais difícil já tinha passado. Andamos primeiro pela vila, porque sabíamos que tinha um minimercado por ali. Tínhamos que comprar suprimentos para os próximos dias.
Compramos miojo (é claro), umas pequenas bebidas e biscoitos. Aceitar cartão também, embora o sinal não seja dos melhores. Comprados os suprimentos e voltamos para frente da praia e fomos no restaurante que tem por ali. Restaurante do Cristiano.
Demorou um pouquinho, quase uma hora, mas chegou e chegou farto! Muita carne. Comida boa. Valeu a pena. O único ruim é que o tempo é um recurso escasso nesse tipo de atividade. Toda vez que se resolve parar para almoçar, principalmente em restaurante, perde-se um tempo valioso… Mas ali até que valeu a pena. O Cristiano até tirou foto nossa e falou que ia colocar na página do Facebook. Até hoje não vi se realmente fez, hehe.
Confesso que estava me sentindo tão bem ali que sugeri da gente descansar do almoço tomando um sorvetinho ali em frente à praia. Sugeri isso, mas Lais ficou receosa em relação ao tempo, então depois do almoço demos uns poucos minutinhos e voltamos para a caminhada.
O caminho para voltar para trilha é indo lá pra frente do mini mercadinho e indo sentido a igreja Assembleia de Deus.
Só ir seguindo. A partir daqui a trilha vai ficando um pouco mais urbana. Alguns postes levando luz elétrica para os vilarejos podem ser vistos durante toda a trilha. No cume, ou bem próximo dele, sempre tem um transformador de luz.
Ao descer, chega-se num ponto em aparece uma bifurcação. Para a direita é sentido praia vermelha e a gruta de Acaiá. Como não planejamos ir para lá fomos para direita, sentido praia de Araçatibinha e depois Araçatiba.
Chegando na praia de Araçatibinha, achei que era ali que deveria ter o nome de praia vermelha.
A areia da praia ali é super vermelha! Não paramos. Continuamos a caminhada até que chegamos na praia de Araçatiba. Pelo caminho já se via bastante pousada e cada vez mais gente no local. Bem mais cheia em comparação com todas as outras que havíamos passado… Mas não lotada. Bastante criança pulando para mergulhar no cais que tem por ali.
Fomos andando até que chegamos no camping do Bené. De cara, já não tinha gostado muito do camping, mas como era de frente pra praia, e era o indicado em alguns relatos, ficamos nele mesmo. O camping está mudando de nome, mas o dono continua sendo o Sr Bené. Só o vi de vista. Não conversamos.
O camping está/estava de reforma. Refazendo a cozinha. Banheiro um pouco zoado, mas pelo menos era quente. O masculino. O feminino estava gelado. No próprio camping tinha um bar e várias mesas. Isso pode ser um ponto positivo, já que oferece refeições e bebidas. Porém, toda via, contudo, entretanto; isso foi um ponto muito negativo para gente. Estávamos muito cansados de andar bastante e de curtir a praia de Araçatiba. O bar ficou fazendo barulho, e barulho muito alto, até meia noite e meia. Som alto, gente gritando… Um inferno! A gente estava doido para dormir. Deu umas 23h eu saí da barraca e fui falar como administrador (nem lembro o nome dele, acho que Alexandre. Fiz questão de apagar dos meus contatos). Isso para ver se paravam ou pelo menos diminuíam o barulho. Nada. Deu meia noite e eu perdi a paciência.
Além da barulheira, tinha um caminho de formigueiro passando em frente à barraca. Tudo começou a me irritar. Deixei Lais na barraca e saí, à noite, procurando alguma pousada para dormir. Enquanto fui pra praia procurar um lugar, ela foi guardando as coisas nas mochilas, levantando acampamento.
Fui andando e ao encontrar duas meninas locais sentadas conversando, perguntei a elas sobre um lugar para dormir. Elas me levaram num lugar que tinha que subir uma pequena escada, mas que era muito bonitinho. Vista bonita lá em cima e não foi caro. Ótimo lugar. Falei com a dona que iríamos ficar e fechei negócio. Voltei para o camping, ajudei Lais a terminar de guardar tudo, paguei só o que consumi no bar (não paguei o camping e nem pagaria), e ainda falei “Desculpa, mas não da para ficar no seu camping não”, e fui embora.
Chegamos na “Hospedaria Araçatiba”, tomamos outro banho e fomos dormir. Aliviados, conseguimos descansar muito bem. Dia seguinte seria um dia que iríamos andar bastante, de Araçatiba até Bananal.
Índice da aventura
Planejamentos e gastos
13/12/2020 – Abraão x Palmas
14/12/2020 – Palmas x Caxadaço
15/12/2020 – Caxadaço x Parnaioca
16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca
17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro
18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba
19/12/2020 – Araçatiba x Bananal
20/12/2020 – Bananal x Abraão