Nosso último um dia de caminhada na travessia da volta na Ilha Grande, saindo de Bananal e terminando onde tudo começou: Igreja no Centro de Abraão.
Se quiser ver o resumo desta aventura, só clicar aqui.
Dia 8 – 20/12/2020 – Bananal x Abraão
Acordamos e tomamos café ali dentro do quarto mesmo. Lais, na noite anterior, comprou hambúrguer de janta e usamos o restante das comidas que sobraram para fazer o café da manhã e ficar bem levinho na caminhada.
De barrigão cheio, arrumamos nossas coisas, pagamos o Pedro e começamos a nossa pernada. Seria o dia que mais passaríamos por praias diferentes, mas maioria delas bem pequenas.
Passamos primeiro por bananal pequeno e já começa uma subidinha.
Ao descer, se chega na praia de Araça. Andando mais um pouquinho se chega na igreja da Freguesia de Santana.
Ali paramos para tirar umas fotos e, de repente, aparece um porco espinho bem no degrau abaixo de onde eu estava. Foi muito legal. Nunca tinha visto um porco espinho assim, livre assim na natureza. Acho que nem pessoalmente. Todo amarelo ele.
O porco espinho demorou a perceber que eu estava ali. Pedi para Lais filmar. Assim que falei, ele olho pra trás e me viu. Aí começou a caminhar se afastando. Nisso Lais veio filmando. Foi bem legal. Presente da Natureza pra gente. Depois ele correu e se escondeu na mata.
Depois desse presente, voltamos a caminhar descendo até a praia de freguesia de Santana. Estava muito bonita… e um pouco cheia. Alguns barcos chegando, o lugar é lindo. Continuamos a caminhar e a trilha ia ficando cada vez mais aberta e tranquila.
Chegamos na praia de Japariz por volta de 11 e pouca da manhã. Tinha poucas pessoas na praia. Paramos numa sombra ali para começar a fazer um pequeno almoço. Linguiça e alguma coisa que não lembro mais. Enquanto fazíamos nossa comida, só víamos barcos e mais barcos chegando na praia.
A praia que antes estava bem vazia, agora ficou entupida de gente. Pelo visto, todos os passeios de barcos param todos ali para almoçar. Ficou lotada! Comemos, arrumamos nossas coisas e partimos. Não queríamos ficar ali no meio de tanta gente, hehe. Ao chegar no final da praia, Lais voltou um pouquinho e comprou uma lata de coca-cola.
Voltamos a caminhar, passando pela praia do Funil e chegando na praia do Conrado, no vilarejo de Saco do Céu. Ali, vimos uns locais sentados num banquinho em um cais, e algumas meninas se jogando na água. Ao sair da água, elas usavam uma mangueira que estava por ali (que na verdade é para lavar os barcos) para se banharem com água doce.
Resolvemos parar ali também e fazer o mesmo que eles. Me joguei no cais e ali vi que a água era muito quente. Doidera. Nunca tinha mergulhado numa água tão quente. Depois ia na mangueira me molhar. Esta estava geladinha. Ficamos umas meia hora ali, pelo menos. Foi legal.
Nos despedimos deles e voltamos para a nossa caminhada. Passamos pela praia do Galo, Perequê e na Camiranga. Nela, resolveremos tomar mais um banho de mar. Iríamos descansar um pouco já que depois dela, seria a última subida/montanha do trekking. Seria bem cansativo.
Curtido o local, era hora de partir. Pegamos nossas mochilas e começamos a subida.
Chegamos num ponto em que tem uma bifurcação para ir até a praia da Feiticeira. Como Lais já conhecia essa praia, ela resolveu ficar ali me esperando na bifurcação enquanto eu ia até lá correndo para conhecer a praia. Deixei minha mochila e meu canivete com ela e fui correndo até a praia da Feiticeira.
Exatamente como Lais falou: a praia é bem sem gracinha. Lembrei na hora da mulher que conversamos lá na praia de Aventureiro, haha.
Voltei correndo até Lais e ela estava lá sentadinha me esperando. Voltamos a caminhar sentido à cachoeira da Feiticeira.
Depois de uma subida braba, até que com uma vista bonita, chegamos na bifurcação que leva até a cachoeira e deixamos a mochila cargueira ali escondidinha. Fomos leves até a cachoeira.
Chegamos na cachoeira e ela estava vazia!!! Nós, é claro, nos batizamos. Como não era muito cedo, por volta das 16 ou 17h, achei que não ia aparecer mais ninguém ali e então resolvi nadar pelado dessa vez. Quando eu ia tirar a sunga, apareceram dois gringos, hahaha. Acabaram com minha brincadeira.
Depois de nos secar, voltamos para as mochilas. Fique com medo de terem mexido nelas enquanto a gente estava na cachoeira. Mas, graças a Deus, elas estavam intactas. Pegamos elas e voltamos a caminhar sentido Abraão desta vez.
Andamos mais um pouco e passamos pelo cume daquela montanha. A partir dali era só decida. Que delícia! Os gringos que estavam lá na cachoeira passaram pela gente. Estavam bem mais leves e a gente.
Fomos descendo até chegamos no Arqueduto, já escurecendo e as fotos vão ficando cada vez piores. Vídeos então… hehe.
Ai viramos a esquerda e pegamos o caminho sentido a antiga prisão Lazaretto, que fica de frente para a Praia Preta.
Ali era uma antiga fazenda, que depois virou posto de saúde, e finalmente uma prisão. Hoje, ruínas e histórias. Fomos andando pela praia Preta e da para entender o porquê deste nome. Os pés ficam cheios de grãos de areia preto.
Saímos da praia paramos pra comprar um sacolé. Um dos melhores que já tomei na vida. Foi a combinação de 2 sabores diferentes. O que Laís pediu estava ótimo. Acho que era acerola com maracujá. O meu acho que era amendoim com Nutella. O dela estava MUITO BOM. Melhor que o meu. E olha que sou apaixonado por amendoim. Vou voltar lá Ilha Grande só pra comprar esse sacolé, hehe.
Depois de mais alguns passos chegamos finalmente onde tudo começou: Igrejinha de Abrão.
Aeeeeee!!!!
Chegamos à noite e estava bem movimentada. Fomos direto para o Hostel que Laís tinha reservado pelo Booking. A dona demorou um pouco para chegar e nos receber, mas o lugar era muito bom. Tudo limpinho, banheiro ótimo, e toalhas super macias e cheirosas. Ficaram assim até o dia seguinte. Bizarro!
Tomei um banho, fiz uma mini janta e despenquei na cama pra dormir. Tinha ar condicionado. Isso é bom demais depois de uma pernada bem longa. Dia seguinte era só andar por Abraão e tentar comprar um imã de geladeira que tinha visto lá em Araçatiba.
Dia 9 – 21/12/2020 – Dia de descanso em Abraão e a volta pra casa
Dia anterior foi o último dia de caminhada. Hoje seria só descansar e esperar a hora da barca para voltarmos ao continente, em Angra dos Reis.
Acordamos e tomamos o café da manhã maravilhoso da pousada. Dali dei uma volta por Abraão para ver se conseguia comprar um imã de geladeira igual ao que vi em Araçatiba. Andei bastante por lá até que, praticamente em frente a estação das barcas, tinha uma lojinha que tinha.
Comprei e voltei pra pousada. Ali descansamos mais um pouco e tomei um banho. As tolhas de banho continuavam incrivelmente cheirosas. Muito bom.
Deu nossa hora, pegamos nossas coisas, e fomos para as barcas. Pagamos a fortuna que é só para voltar para o continente. Voltamos para Angra dos Reis.
Chegando em Angra, iríamos pegar um ônibus de volta para o Rio. Resolvemos ir andando das barcas até a rodoviária. Não é tão longe… mas o sol apareceu com força total e fez o caminho que é curto, parecer uma peregrinação, hehe.
Na rodoviária, nos refrescamos no ventilador e fomos comprar um lanche. Vi que o meu cartão não estava funcionando para sacar no caixa 24h. Não sei por quê. Compramos no crédito mesmo. Lanchamos na rodoviária e subimos no ônibus para pegar a estrada.
No meio do caminho o ônibus parou em Muriqui e Lais comprou umas cocadas. Famosas por lá. Estavam boas. De volta ao ônibus, pegamos a estrada e finalmente chegamos no Rio. Em casa. Feliz.
Mais um sonho realizado. Estava planejando fazer essa travessia há anos. Finalmente realizada. Todos os gastos, opiniões sobre os campings, pode ser visto no primeiro post dessa aventura.
Que venha a próxima!
Índice da aventura
Planejamentos e gastos
13/12/2020 – Abraão x Palmas
14/12/2020 – Palmas x Caxadaço
15/12/2020 – Caxadaço x Parnaioca
16/12/2020 – Dia de descanso em Parnaioca
17/12/2020 – Parnaioca x Aventureiro
18/12/2020 – Aventureiro x Araçatiba
19/12/2020 – Araçatiba x Bananal
20/12/2020 – Bananal x Abraão