Roraima – O caminho final

O nono e o último dia da viagem para subir o Monte Roraima. Neste dia, saímos do acampamento Tek e finalizamos a caminhada com um belo almoço.

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Dia 30/09/2022 – O caminho final

Depois das comemorações do dia anterior, fui dormir cedo. Consequência: acabei acordando de madrugada. Resolvi sair da barraca e vi que a noite estava linda! Céu super aberto. Cheguei a pegar a câmera para tentar uma foto noturna… mas com pouca bateria não tinha como abusar. Meu powerbank já tinha acabado.

Fica a lição: para viagens com mais de 6 dias, apenas 1 powebank não é suficiente pra mim. Mas tudo bem. Deu para registrar a viagem toda.

Assim que levantei, fiz meu xixi e fui tirar umas fotos do nascer do sol

Conforme o sol ia aparecendo, o pessoal ia acordando para ver esse espetáculo da natureza. Registrado e curtido o momento, era hora de tomar um café e levantar o acampamento.

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Começamos a caminhar até a portaria do parque. A Sueli, resolveu ir de moto. Não lembro o valor, mas acho que foi uns R$ 100.

Todo mundo foi andando e só ficou praticamente eu a Lívia para trás. Queria registrar tudo porque o tempo estava ótimo. Fiquei triste que a bateria da minha câmera tinha acabando, mas consegui fazer muitas filmagens com a gopro.

Lívia estava um pouco mais lenta porque ficou com algumas bolhas. Ai dificulta mesmo. Sem falar que, a partir daquele ponto, ela teria que levar a barraca dela. Só ali eu soube que ela trouxe a própria barraca. Deixou ali guardadinha no primeiro dia e só pegou hoje. Não precisava levar barraca, mas enfim…

O caminho era o mesmo da ida. Bem plano com alguns sobes e desces. Só ir devagar que você tranquilo.

Assim que chegamos no último ponto com água, ali tem tipo um riozinho. Como estava um dia lindo e um sol pra cada um, resolvemos aproveitar o momento e tomar banho de rio.

Depois que eu vi a foto acima eu percebi que a lente da câmera do celular tinha ficado embaçado… Mas depois voltou ao normal. Tomar banho ali foi ótimo porque lavei a roupa que estava no corpo e deixei no sol pra secar. Deu tempo de secar tudo. Foi ótimo. Iriamos chegar cheirosos, hehehe. Ou melhor, não fedorentos. Hahaha.

Depois de curtir o banho de rio, voltamos a caminhar. Mas já estávamos muito próximos da portaria.

Assim que chegamos na aldeia, tinha um local para comprar uma cerveja Polar. Lógico que bebemoramos o fim do trekking.

Já no posto de controle, esperamos a nossa vez na fila para sermos revistados. Eles olham absolutamente tudo. Olham a mochila toda. Isso para evitar que alguém esteja levando algum cristal do Monte Roraima.

Comemos um pequeno lanche que eles prepararam, assinamos a nossa saída do parque e então entramos no 4×4 para irmos até a aldeia São Francisco. Lá seria o nosso local de almoço e para compras de lembrancinhas desta viagem.

Eu estava crente que ia conseguir o carimbo que eu vi parque dando no recibo de pagamento das entradas nos nossos passaportes. Mas o carimba nem estava mais ali. Uma pena.

Entramos no carro e pegamos a estrada sentido a São Francisco. Desta vez, não era o mesmo motorista do primeiro dia. Esse tinha um pouco mais de cuidado com o carro, hahaha.

Chegando em São Francisco fomos direto almoçar. Tinha feijão!!! Uma agradável surpresa.

De barrigão cheio, fomos rodar pela aldeia e ver os artesanatos. Maioria recebe em dólar ou em real. Acabei comprando dois imãs de geladeira. Um pra mim e outro para meu amigo Gustavo que me emprestou não só o poncho como o saco de dormir dele pra eu testar. Além dos imãs, comprei também tipo um quadrinho feito em um tronco de árvore, para colocar na minha parede de casa.

Voltamos para o 4×4 e pegamos a estrada. Desta vez, toda asfaltada. Estávamos indo em direção à fronteira VE x BR.

Chegando na fronteira, nos despedimos da equipe do Roraima Destiny. Foi inesquecível. Já estou com saudades.

Ali na fronteira existem uma cooperativa que faz o transporte entre Pacaraima, cidade onde fica a fronteira entre Brasil e Venezuela; até a capital de Roraima, Boa Vista.

Enquanto esperávamos o nosso carro/motorista chegar ficamos ali na fronteira esperando um pouco. Estava um calor desgraçado. Tem um banco do Brasil ali. Entrei nele por causa do ar condicionado. Tentei sacar algum dinheiro, já que teria que pagar a van “pacaraima x boa vista”, mas não tinha dinheiro no banco.

O motorista chegou e, depois de 3 horas em uma estrada bem ruim, chegamos em Boa Vista. Mais uma vez ficamos no Hotel Roraima. Fui direto tomar banho. Depois fui lavar minhas roupas. Queria aproveitar que ainda teríamos mais um pernoite em Boa Vista, então daria tempo de lavar e secar as roupas.

Depois de descansar um pouquinho no hostel, pedimos uma pizza e enchemos o barrigão mais uma vez. Depois, berço.

Dia 01/10/2022 – A volta pra casa

Acordei e fiquei na cozinha conversando. Como tinha biscoitinho ali na mesa, junto com café, comi por ali mesmo. Neste dia, o povo queria andar pela cidade. Coisa que eu já tinha feito nos primeiros dias … Mas concordei em andar mais um pouco.

Fomos na lojinha de artesanato indígena mas acabei não comprando nada. Flávia comprou quase a loja, toda. Hahaha.

Saindo dali fomos até a Orla Tauman. Almoçamos e jogamos conversa fora com a vista para o Rio Branco.

Depois eles queria achar um lugar para poder tomar um açaí e fazer uma tatoagem do monte Roraima em homenagem a esta viagem. Enquanto estávamos andando, percebi que o meu short tinha rasgado. A minha sorte é que a bermuda era da mesma cor que a cueca, hahaha. Então nem dava pra perceber direito. Mas mesmo assim eu não me senti muito confortável.

Voltei para o hostel, joguei o short fora e fiquei descansando na cama. Depois de um tempo chegou todo mundo. Uns ficaram para descanar também e outros pegaram o uber para fazer a tatoo.

Ficamos de bobeira no hostel até umas 20h ai a fome começou a bater. Resolvemos ir na pizzaria “O Lenhador”.

Pedi uma pizza, mas ela MUITO grande. Não consegui comer 25% dela, hahaha. Enquanto estava na pizzaria, um amigo viu minha publicação nas redes sociais e me mandou uma mensagem perguntando se eu estava em Boa Vista. Era o Felipe. Tinha conhecido ele quando fiz a minha primeira travessia Petrópolis x Teresópolis, lá no Rio de Janeiro. Ele é militar e estava trabalhando ali em Boa Vista.

Pedi a ela na hora para dar uma passada ali na pizzaria. Eu pagaria uma pizza pra ele. Na verdade, nem foi preciso já que não aguentei comer a minha pizza toda. Hehe.

Depois o pessoal que tinha ido fazer a tatoo chegou na pizzaria também. Ficamos conversando a noite toda. Depois chegou a hora de partir.

Me despedi do Felipe e todos fomos de volta para o hostel. Nosso voo para o Rio era de madrugada.

Ali acabava a nossa viagem conhecendo o Monte Roraima. Foi um sonho realizado. Eu só tenho a agradecer a todos os momentos que vivi ali. Todos os amigos que fiz, a equipe do Roraima Destiny, a Macunaíma, a Deus, a tudo e a todos. Agradecer a ti também, que teve paciência de ler até aqui. Hehehe.

Conforme o tempo passa, a gente começa a perceber que o mais legal de uma viagem não é nem a viagem em si. Mas sim as pessoas que conhecemos no caminho e as lembranças que elas nos deixam.

Um abração, lute pelos seus sonhos e boas aventuras pra ti.

Mas e agora? Qual seria a próxima aventura? Confesso que, enquanto escrevo este relato aqui, já tenho ela planejada. Pra onde será?

Acompanhae!



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