Descobrimento – O caminho para Cumuruxatiba

O segundo de uma viagem de dez dias chegando na cidade de Cumuruxatiba para fazer a costa do descobrimento na Bahia.

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Vamos aos relatos deste dia.


Acordei no Santo Hostel e a dona estava fazendo o café da manhã que eu havia reservado no dia anterior. Tomamos café juntos e falei que iria para a rodoviária. Pensei em ir a pé, mas ela falou que seria interessante ir de Uber, já que tinha uma subida, estava com uma mochila grande, ser turista… então acabei indo de uber mesmo.

Chegando na Rodoviária, mostrei os papéis no guichê das passagens que havia comprado com antecedência.

rodoviária em porto seguro

Para ir de Porto seguro até Cumuruxatiba apenas 1 onibus direto, com horário bem restrito. A melhor opção, com mais horário disponíveis é sair da Porto Seguro e ir até Itamaraju. De Itamaraju ir até Cumuruxatiba. Assim há diversos horários para fazer esse trajeto. A empresa de ônibus que faz esses trajetos é a Expresso Brasileiro.

Havia comprado minhas passagens com antecedência pela internet. Estava estranhando que tinha dado muito barato o trecho de Porto Seguro x Itamaraju. O que eu não havia percebido, acho que deu algum pane no sistema na hora que eu comprei, que a passagem ficou Porto Seguro x Eunápolis, que é metade do caminho até Itamaraju. Logo, a moça do guichê falou que eu tinha que completar o valor, e com razão, se eu quisesse ir até Itamaraju. Paguei a diferença e embarquei finalmente no ônibus Porto Seguro x Itamaraju. Durante o caminho, ele faz uma parada em Eunápolis, Itabela e mais um lugar que não lembro. Duração de 3h de viagem aproximadamente de Porto Seguro até Itamaraju. Se puder, fique do lado esquerdo (o do motorista). Talvez dê para ver o monte pascoal. Fiquei do lado direito.

pedra na estrada
Pedra bem diferente durante a estrada

Chegando em Itamaraju, as 11 da manhã, fui procurar um lugar para almoçar. Já tinha pesquisado um lugar com antecedência e fui pra lá.

Em frente a este restaurante tem uma loja de pesca que vende gás de fogareiro e outras coisas de trilha. Caso tenha interesse em fazer camping selvagem durante o trekking, esse é o lugar de fazer as compras.

De barrigão cheio, voltei para a rodoviária e fiquei esperando para embarcar no ônibus Itamaraju x Cumuruxatiba. Ao chegar na conferência das passagens o “porteiro” falou que eu tinha que pagar a taxa de embarque ali no guarda-volume. Não sabia disso, mas realmente, todo mundo tinha esse carimbo no dorso da passagem. Fui lá, paguei a taxa de embarque e consegui entrar no ônibus.

Estradinha não muito boa, mas o ônibus foi bem rápido. Cheguei em Cumuruxatiba e o ponto final do ônibus é em frente ao restaurante da Ema, na rua principal da cidade.

restaurante da ema em cumuruxatiba

Desci e fui andando em direção ao Hostel Caramuru que eu havia reservado pelo Booking, uns dias antes.

Tem uma pequena subidinha e enquanto ia passando por ali, ia cumprimentando as pessoas. Ao passar por um bar, acabei conhecendo o artista plástico Jorge Matos, me indicou o caminho, falou da sua arte, das belezas da cidade e de como o lugar é bom e tranquilo. Adorei. Me convidou para tomar uma cerveja mais tarde, hehe. Ao me indicar o caminho, tinha uma moça loira, de cabelo bem curtinho, quase raspado, passando no horizonte para onde eu deveria ir. Fui caminhando até ela.

Ao passar por ela, cumprimentei e ela falou:

– Oi, vai para o Caramuru Hostel?

– Sim, sabe onde é?

– Eu te levo até lá. Estava lá nesse momento. Meu nome é Carina.

Me apresentei, e fomos conversando até a porta do hostel. Ela é amiga dos donos. Agradeci e entrei no Hostel. Lá falei com o Thiago e fui para o meu quarto deixar as coisas.

hostel caramuru em cumuruxatiba

Deixei minha mochila, troquei de roupa e fui pra rua. Queria conhecer um pouco da cidade enquanto ainda tinha sol.

Enquanto estava saindo do hostel, conheci a dona Arúkia e os cachorros Jiló e Fubá. Uma graça. Foi a Arúkia que cortou o cabelo da Carina.

Já na rua, andei pela rua principal, entrando nas lojas e depois peguei a rua que leva até a igreja e a praia da igreja.

barco em cumuruxatiba
praia em cumuruxatiba
praia em cumuruxatiba

Fui andando pela praia até a praia do píer.

praia do pier em cumuruxatiba

Depois voltei andando mais um pouco pela cidade. Entrando nas lojinhas e depois comi a famosa cocada da Lucinha. “Já apareceu até na Ana Maria Braga”, foi uma das frases que mais ouvi ao chegar ali em Cumuru. Tinha que provar. Gostei.

cocada da lucinda em cumuruxatiba

Depois de andar mais um pouco, praticamente em frente a cocada da Lucinha, tinha um lugar vendendo pastel a R$ 2. Lógico que eu jantei pastel e uma cerveja.

pastel em cumuruxatiba

Enquanto comia, lembrei que tinha que comprar ovos para o trekking. Depois, de barrigão cheio, fui ao mercadinho que tem ao lado e comprei seis ovos. Tudo pronto para o trekking. Agora é voltar para o hostel e descansar.

Já de banho tomado e descansando, recebi uma mensagem do trabalho que tinha que assinar um documento com certa urgência. Ainda bem que eu estava num lugar que tinha internet. Falei com o pessoal sobre a possibilidade de imprimir um documento. Sem chance. Nem ali e nem na cidade naquela hora. Tudo fechando já. Ai conversando com um dos hospedes, o Felipe, ele me falou que da para assinar PDF pelo próprio aplicativo da Adobe. Fui pesquisar e consegui resolver. Bom que já aprendi uma coisa nova. Rs.

Conversando com o Thiago, ele me falou um pouco do trajeto. Embora eu tenha pesquisado bastante e já sabia praticamente tudo que estava falando, é sempre bom ouvir os locais. Eles sempre sabem mais do que qualquer coisa que você possa ver na internet. Confirmando essa minha teoria, ele me disse que a Barra da Cahy estava fechada. Isso eu não sabia. O mar se encarregou de levar areia até o rio e fechou a conexão do rio com o mar. Mas disse que as vezes acontece isso e depois vão lá abrir. Isso me tirou uma certa preocupação que teria neste dia, que era atravessar esse rio.

Depois fiquei conversando com o Felipe sobre viagens, cozinhei 2 ovos com batata doce que tinha reservado para janta, tomei uma heineiken que tinha levado, lavei a louça e fui descansar / dormir. Amanhã seria o grande dia da caminhada.



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