Como ainda estava na fase, para de viajar um pouquinho para comprar uns equipamentos melhores, resolvi realizar um sonho antigo: comprar uma câmera fotográfica de verdade. Uma câmera de entrada no mundo dos fotógrafos.
Sempre tive vontade ter uma câmera fotográfica de verdade e saber como usá-la. Mas aí veio a seguinte pergunta: Qual câmera comprar?
Câmeras de Entrada x Câmeras Profissionais
O mais indicado são as câmeras de “entrada”. São câmeras para iniciantes assim como eu. São destinadas praqueles que querem ter o gostinho de como é ser fotógrafo e, se gostarem da experiência, poderem pensar em investir um pouco mais ou não. Mas não desmereça as câmeras de “entrada”: elas são melhores que muito celulares por aí. Essas câmeras são caracterizadas por serem um pouco menores, mais leves, e mais baratas. Dado esse conjunto de fatores, elas também não têm uma resistência física tão boa como as câmeras profissionais. As câmeras profissionais têm uma construção bem mais robusta, sendo resistentes à chuva, poeira, neve, etc. As de entrada, tem que ter um pouco mais de cuidado. Como as profissionais são MUITO caras (algumas chegam ao preço de um carro popular) o mais adequado para mim seria uma de câmera de entrada mesmo.
Mas a pergunta continuava: qual câmera comprar?
Qual marca?
Pesquisando sobre fotografia, vi que o é mais importante são as LENTES, e não a câmera em si. Principalmente para quem está começando. Porém, dadas as minhas experiências anteriores com celular e gopro, uma coisa que eu queria é que a câmera tivesse estabilização digital de imagem. Isso é certo! Existem diversas marcas no mercado. As principais, ao meu ver, são a Canon, Nikkon e Sony.
A Cannon sempre foi líder de mercado, porém não são as mais baratas. A Nikkon tem câmeras tão boas quanto e com preços mais acessíveis, porém, ao meu ver, menos opções no mercado (pelo menos eu acho) em relação a lentes, acessórios e opções de recompra. A Sony é a que está disparando e crescendo bastante no mercado e logo-logo irá dominá-lo. São câmeras ótimas, cheias de tecnologia (que devoram a sua bateria), porém são beeeem mais caras. Sony eu deixaria para o caso de eu realmente quisesse virar profissional da área de fotografia. Fiquei entre a Cannon e Nikkon. Fui de Cannon porque é o que mais achei opções para vender na internet e no mercado de usados. Com diversos preços.
Na hora de pesquisar as câmeras, a primeira coisa que percebi é que existe algumas diferenças entre as elas.
Diferença entre as câmeras
A 1º diferença entre elas: Crop x Full-frame
A primeira é dada pelo sensor que captura a imagem dentro da câmera. Quanto maior este sensor, maior é a captação de luz e, consequentemente, melhor é a foto/vídeo. As câmeras mais populares e mais baratas, tem um sensor um pouco menor. Essas são chamadas de APSC, ou de “cropadas” já que tem um corte (crop) na imagem, deixando-a um pouco menor. Já as câmeras que capturam sem esse “crop”, são chamadas de “full-frame”. Essas, são bem mais caras que as cropadas. Nas câmeras cropadas, existe um fator de corte/crop em relação as full-frame. Nas Canons é de 1.6, enquanto na Nikkons é de 1.5.
Isso significa que, se tenho uma lente de 10mm e coloco ela em uma cropada, na verdade ela fica com o campo de visão de uma 16mm (10mm x 1.6 = 16mm). Já se eu coloco uma lente de 10mm em uma câmera full frame, ela vai ter o campo de visão de uma 10mm mesmo.
Como estou começando e o preço de uma full-frame são um pouco salgadas, fiquei de olho nas câmeras APSC.
A 2º diferença entre elas: DSLR x Mirror-less
Existe mais uma outra diferença entre as câmeras: ela ter espelho ou não! A maioria das câmeras tem um espelho dentro. São as chamadas DSLR (digital single lens reflex). As que não tem esse espelho, ganham o nome de mirror-less. As câmeras mirror-less são bem mais caras e usam muita tecnologia. O lado bom é que entregam mídias com um alto grau de qualidade, porém, devido ao uso intensivo de tecnologia, suas baterias duram pouco. Já as câmeras com espelho, gastam bem menos bateria e dão um resultado tão bom quanto. Pelo menos ao meu ver.
A decisão
Resumindo então, a minha câmera de entrada tinha que ser uma Canon com estabilização digital, sensor APSC e com espelho.
Pesquisando sobre câmeras de entrada da Cannon, vi que recomendam muito bem a Canon EOS SL3 (que também é conhecida como EOS 250D ou como EOS Kiss X). Ela tem a opção de filmar 4k e tem estabilização de imagem. Era o que eu queria. Acabei comprando ela. Em 12x sem juros, mas foi. Hahaha.
Essa filmagem em 4k dela é bem questionável. Tem um crop bem grande ao filmar neste modo. Como não tenho intenção em filmar neste formato, não liguei muito.
Na verdade, eu já pesquisava sobre ter uma câmera há muito tempo. Achei um bloco de notas perdido dentro do meu computador com uma lista de itens que gostaria que tivesse na minha câmera. São eles:
- Ter o visor retrátil, saindo do corpo da câmera (o “liveview”).
- Ter a opção de foco automático.
- Filmar em Full HD (a tal resolução de 1920×1080 pixel) e em 60 fps (quadros por segundo)
- Ter entrada de microfone, já que os da câmera, geralmente, não são muito bons.
- Ter lentes cambiáveis. Assim trocaria conforme eu gostasse.
- Ter o sensor de imagem estabilizado.
A Canon EOS SL3 tem tudo isso. Era o que eu precisava.
Assim que recebi a câmera aqui em casa, fiquei muito feliz! Logo, já na primeira oportunidade, fui direto para a Praia Grande, em Arraial do Cabo para tira foto do pôr do sol. Claro, sem saber mexe direito na câmera, deixei tudo no automático. Hehehe.
Próximo post coloco os resultados.